Q329335 - MPE-MA Promotor de Justiça 2014
Algumas teorias procuram definir a relação entre a tipicidade e ilicitude. Uma delas poderia ser resumida na frase: “A tipicidade é a ratio cognoscendi da ilicitude”. Assinale a alternativa que corresponde à teoria que melhor se adequa à frase anteriormente destacada:
A)Teoria da identidade ou da absoluta dependência;
B)Teoria indiciária ou da indiciariedade;
C)Teoria do tipo independente;
D)Teoria dos elementos negativos do tipo;
E)Teoria do tipo avalorado.
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Q329828 - CESPE Juiz do trabalho 2010
No que se refere ao tipo, à tipicidade penal e às excludentes de ilicitude, assinale a opção correta.
A)A diretriz dominante do Código Penal alinha-se à chamada fase do caráter indiciário da ilicitude, segundo a qual a prática de ato formalmente típico pressupõe indício de ilicitude. Assim, o juiz, inicialmente, verifica se o fato humano (doloso ou culposo) enquadra-se em algum modelo incriminador; em caso afirmativo, esse fato provavelmente será ilícito. Em seguida, passa ao exame dos tipos permissivos, que são as causas de exclusão da ilicitude, que, se presentes, afastam a ideia (indício) inicial de ilicitude, e o fato não deve ser considerado criminoso.
B)Considere que Luiz, com intenção homicida, tenha disparado cinco tiros de fuzil contra Hélio, que, no entanto, sobreviveu por motivos alheios à vontade de Luiz. Nesse caso, para se concluir qual foi a conduta criminosa praticada por Luiz, faz-se adequação típica de subordinação imediata, concluindo-se pela prática do delito de homicídio doloso tentado, podendo ou não ser qualificado, a depender das circunstâncias e dos motivos que levaram Luiz a efetuar os disparos.
C)Segundo a teoria da tipicidade conglobante, o exercício regular do direito, o estrito cumprimento do dever legal, a legítima defesa e o estado de necessidade deixam de ser excludentes de ilicitude e passam a ser excludentes de tipicidade, pois, se o fato é direito ou dever legal, legitimamente protegido pela norma, não pode estar descrito também, paradoxalmente, como infração penal.
D)Em relação ao estado de necessidade, o Código Penal brasileiro adotou a teoria diferenciadora ou da diferenciação, que determina a ponderação entre os valores dos bens e deveres em conflito, de maneira que o estado de necessidade somente exclua a ilicitude quando o bem sacrificado for reputado de menor valor; caso contrário, o estado de necessidade será causa de exclusão da culpabilidade.
E)Considere que, para defender-se de agressão injusta de Célio, Rui dispare tiros em direção ao agressor, mas, por erro, atinja de forma letal Lúcia, que esteja passando próximo ao local. Nesse caso, Rui responderá pelo delito de homicídio culposo, uma vez que não tinha a intenção de matar Lúcia, mas quebrou o dever de cuidado objetivo a todos imposto.
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Q329859 - FCC Procurador 2010
A)não exclui o crime, interferindo tão-somente na pena.
B)não pode ser admitida em razão de causa de justificação não prevista em lei.
C)não repercute na esfera cível, se reconhecida no juízo criminal.
D)afasta a culpabilidade da ação típica praticada pelo agente.
E)não exclui a possibilidade de punição pelo excesso doloso ou culposo.
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Q330244 - FUNCAB Médico legista 2012
Segundo o Código Penal, não há crime quando o agente pratica o fato típico:
A)em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária ou policial competente.
B)em legítima defesa, não respondendo tampouco por eventual excesso doloso ou culposo.
C)para repelir injusta agressão, atual ou iminente, a direito de outrem, usando moderadamente dos meios necessários.
D)sob desconhecimento da lei.
E)em estado de necessidade, ainda que tivesse por dever enfrentar o perigo.
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Q330350 - FUNCAB Delegado de Polícia 2013
Geraldino permitiu seu encarceramento pelo patologista André, para se submeter a uma experiência científica. Ao terminar o período da experiência, Geraldino procurou a delegacia de polícia da circunscrição de sua residência, alegando que fora vítima de crime, em face do seu encarceramento.Do relato apresentado, conclui-se:
A)Não há crime, pois o consentimento do ofendido excluiu a ilicitude.
B)André praticou o crime de sequestro ou cárcere privado qualificado, preceituado no artigo 148, § 1º, II (se o crime é praticadomediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital) do CP.
C)André praticou o crime de sequestro ou cárcere privado qualificado, preceituado no artigo 148, § 2º (se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico oumoral) do CP.
D)André praticou o crime de lesão corporal, que absorve o crime de sequestro ou cárcere privado.
E)André praticou os crimes de lesão corporal e de sequestro ou cárcere privado, em concurso material.
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