De acordo com Guerra (2009), para atender as
competências profissionais, ressaltam-se as possibilidades
da pesquisa, tendo em vista, por um lado, a apreensão das
reais condições de trabalho dos assistentes sociais como
elemento fundamental para o exercício profissional
qualificado, visando alcançar os objetivos e metas
pretendidos, e, por outro lado, têm-se
De acordo com Mota (2014), o serviço social brasileiro vive,
processualmente, metamorfoses/alterações que se relacionam
de forma mediata ou imediata com os rumos da realidade,
determinadas quer pelas profundas transformações produzidas
pelo capitalismo, quer pelas mudanças na formação da
sociabilidade das classes. Para a autora, um dos principais
desafios profissionais no século XXI é:
O trabalho do assistente social no capitalismo
contemporâneo está marcado por resistências, conquistas e
desafios cotidianos, incidindo diretamente no exercício
profissional diante dos espaços sócio-ocupacionais e suas
dimensões ideopolíticas. Nesse sentido, denota-se
Raichelis (2011), ao analisar as novas configurações e
demandas que se expressam nos espaços sócio-ocupacionais
em que trabalham os assistentes sociais, destacando os
grandes desafios a serem enfrentados no mundo do trabalho
profissional, defende, entre outros aspectos:
A reflexão do trabalho do assistente social na esfera
pública estatal remete, necessariamente, às relações
recíprocas e antagônicas entre o Estado e a sociedade civil,
em que o Estado é produto desta relação. Na cena
contemporânea, as transformações nas esferas estatal e
societária incidem diretamente no serviço social,
complexificando a luta pela universalização dos direitos.
Segundo Raichelis (2009), o trabalho do assistente social
no Poder Legislativo se expressa
As mudanças no mundo do trabalho, em particular a
partir da crise estrutural do próprio capital e das
alternativas que são formuladas sob a hegemonia da
burguesia financeira, dependem da capacidade de
intervenção do Estado na sustentação dos mecanismos de
regulação social necessários ao processo de acumulação
(Alameida; Alencar, 2015). Sendo assim,
O Estado tem sido historicamente o maior empregador dos
assistentes sociais. Destaca-se que um dos elementos que
incide sobre o trabalho realizado no âmbito do Estado
brasileiro é a burocracia – marcada pela hierarquia, pelo
caráter fechado, pelo culto à autoridade, bem como pela
obediência passiva às normas e rotinas, decorrendo na
separação entre os interesses particulares e o interesse geral.
Segundo Iamamoto (CFESS/ABEPSS, 2009), esse ethos da
burocracia impregna a atuação do assistente social
Os rebatimentos para o serviço social da atual crise econômica
ocorrem em razão do pertencimento de classe de seus
profissionais, como trabalhadores assalariados, mas também
por ser uma das profissões que se
O projeto ético-político do serviço social vincula-se a um
projeto societário que propõe a construção de uma nova
ordem social, sem dominação e/ou exploração de classe, etnia
e gênero, e reafirma a defesa intransigente dos direitos
humanos e a recusa do arbítrio e do preconceito. A partir
dessa compreensão torna-se imperativo ao serviço social
O serviço social é uma profissão constituída na dinâmica
sócio-histórica das relações entre Estado e as classes
sociais no enfrentamento da questão social. Sua natureza
contraditória abre possibilidade para atuar no processo de
mobilização popular e de fortalecimento dos movimentos
sociais (DURIGUETTO, 2013). Dessa forma,