Q46724 - IADES Comunicação Social 2017
Para explicar a influência que os meios de comunicação
exercem sobre a construção social da realidade, muitas
teorias foram criadas por semiólogos e estudiosos de diversas
áreas. Uma dessas teorias preconizava que uma mesma
mensagem midiática destinada a um público de massa
afetava, da mesma forma, todos os indivíduos, com efeitos
uniformes e homogêneos. Com base no exposto, é correto
afirmar que se trata da teoria
A)hipodérmica, cujos objetivos tinham por finalidade
conhecer os anseios populares, a fim de poder suprir
suas legítimas carências e dirimir os fatores sociais
que eram geradores da desigualdade e da opressão.
B)da persuasão, cujos objetivos levam em conta a
necessidade de manipulação da opinião pública, a fim
de gerar uma satisfação duradoura e controlável no
tocante à atuação estatal em suprir expectativas sociais.
C)funcionalista, segundo a qual o indivíduo é estudado
a partir da própria ação social, pelos valores que
considera e pelos modelos sociais que ele adquire em
comunidade.
D)hipodérmica, cujos objetivos giravam em torno da
procura por uma forma de entender as influências da
comunicação no comportamento social para – a partir
disso – ser possível pensar em estratégias para exercer
influência comportamental sobre a população.
E)da persuasão, cujos objetivos não seriam de
dominação ou manipulação social, mas sim de
convencimento, compreendendo o indivíduo como
um ser único, inserido no próprio contexto
sociocultural e político.
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Q46744 - IADES Comunicação Social 2017
Uma outra teoria formulada para estudar de que forma os
meios de comunicação atuam sobre a sociedade foi a
chamada teoria crítica. Acerca da referida teoria, é correto
afirmar que ela surgiu no(a)
A)Governo Roosevelt (EUA), como uma forma de
entender, julgar, avaliar e propor soluções para a
grande depressão da crise de 1929, o que propiciou a
formulação do New Deal, a partir dos estudos do
economista John Maynard Keynes.
B)Escola de Frankfurt, baseada na democracia
representativa da República de Weimar, a qual
criticava a propaganda monarquista e nacionalista
que havia levado o país à guerra em 1914 e fundava
as bases da indústria cultural, que incentivava uma
comunicação de massa que induzisse o consumo
como forma de reerguer o país economicamente.
C)URSS, como uma diretriz do Partido Comunista, sob a
proposta, a tutela e a condução de Joseph Stálin, que
criticava o capitalismo ocidental e acreditava que a citada
teoria poderia auxiliar a expandir o ideário bolchevique
para todo o mundo, a partir de uma propaganda
direcionada para os valores revolucionários.
D)Reino Unido, como decorrência do ideal de
propaganda expansionista da Companhia Britânica
das Índias Orientais, durante a dominação inglesa na
Índia, como forma de criticar a educação, as
religiões, a cultura e os valores indianos e sedimentar
as bases de uma subserviência da população nativa
ao imperialismo ocidental.
E)Escola de Frankfurt, baseada em teorias marxistas,
que encaram a mídia como instrumento de atuação
social capitalista, decorrente da indústria cultural,
sob cuja influência a obra de arte perde a própria
natureza artística e passa a ter um caráter de
consumo, manipulação e dominação.
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Q46745 - IADES Comunicação Social 2017
A respeito do conceito de indústria cultural, é correto afirmar
que ele foi formulado a partir dos estudos dos seguintes
sociólogos, integrantes da Escola de Frankfurt:
A)Martin Heidegger e Leo Löwenthal, na obra
Literatura e Cultura de Massa (1980).
B)Ernst Bloch e Erich Fromm, na obra Anatomia da
Destrutividade Humana (1979).
C)Theodor Adorno e Max Horkheimer, na obra Dialética
do Esclarecimento: Fragmentos Filosóficos (1947).
D)Herbert Marcuse e Hannah Arendt, na obra A
Condição Humana (1958).
E)Martin Heidegger e Jürgen Habermas, na obra
Transformação Estrutural da Esfera Pública (1962).
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Q46746 - IADES Comunicação Social 2017
O jornalista Nilson Lage, no livro Controle da Opinião
Pública: um ensaio sobre a verdade conveniente (1988),
analisa os efeitos sociais dos meios de comunicação de
massa sobre os indivíduos. Na obra, ele menciona o papel
fundamental da Escola de Frankfurt – e dos respectivos
estudos acerca da indústria cultural – para a compreensão dos
paralelismos entre comunicação e sociedade, cultura e as
respectivas representações sociais. Surgida nas duas
primeiras décadas do século passado, na Alemanha, a Escola
de Frankfurt notabilizou-se por analisar os efeitos que os
meios de comunicação de massa tiveram sobre as sociedades
europeias da época e mesmo o mundo na primeira metade do
século 20, embora os ecos desses efeitos perdurem e sejam
perpetuados ainda hoje.
Considerando essas informações, no que se refere à indústria
cultural, assinale a alternativa correta.
A)Seu conceito se presta a uma análise de como uma
sociedade gera e proporciona a massificação do
indivíduo pela mídia. A partir desses estudos, os
sociólogos Theodor Adorno e Max Horkheimer
comprovaram que regimes como o fascismo e o
nazismo não teriam tanto alcance caso não tivessem se
beneficiado dos conceitos relativos à manipulação da
informação e à comunicação de massa. Para tais
teóricos, a cultura constitui a ferramenta que cria e
perpetua formas de controle da sociedade: é ela quem
promove necessidades não existentes e propicia o
advento de uma sociedade consumista e infensa a suprir
as carências reais de seus indivíduos.
B)Os meios de comunicação têm uma influência
primordial em como os indivíduos se veem e
enxergam os fatos que os rodeiam, mas a mídia
necessita de um princípio autorregulador, embora seja
nada mais do que o puro reflexo de uma sociedade. A
partir dessa compreensão, os teóricos Leo Löwenthal e
Ernst Bloch concluíram que a indústria cultural é
apenas uma maneira com que tal princípio
autorregulador se apresenta, mas que foi confundido
com censura e uma forma de mascarar a realidade de
uma sociedade exposta aos meios de comunicação.
C)O princípio basilar de compreensão da indústria
cultural sedimenta-se na própria procura de entender
e suprir as carências da sociedade, considerando o
bem-estar do indivíduo como o objetivo primeiro de
sua existência. Todavia, segundo Herbert Marcuse e
Martin Heidegger, o conceito da indústria cultural foi
mal-compreendido e utilizado com fins totalitários,
embora na própria essência esteja o embrião de uma
sociedade ideal, até utópica.
D)A compreensão de seu conceito decorre do
entendimento de que a comunicação de massa só
existe porque as carências individuais exigem os
meios para a remediação delas. Partindo dessa
constatação, Erich Fromm e Jürgen Habermas
definem que a indústria cultural pode ser (ou não)
uma ferramenta a serviço ou a desserviço da
sociedade, a depender de como é apreendida por
governos e governantes, que podem se apropriar da
máquina pública como bem entenderem. Para tais
teóricos, só o controle social realizado pelo Estado
pode servir de efetivo meio de coibir tais abusos.
E)Ela surgiu no advento do fordismo e da produção em
massa de bens para consumo na sociedade industrial.
Para Martin Heidegger e Erich Fromm, a acepção
máxima da indústria cultural se daria no apogeu de
uma sociedade em que não houvesse pobreza nem
iniquidades, mas cujo conceito essencial se perdeu
no desenrolar do capitalismo e de uma sociedade de
mercado, como bem previa Adam Smith, na famosa
obra A Riqueza das Nações (1776).
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Q46748 - IADES Comunicação Social 2017
Quanto às várias definições de teóricos relativas à opinião
pública, assinale a alternativa correta.
A)Jean Jacques Rousseau, na metade do século 18, na
obra O Contrato Social, contesta a afirmação de que a
vontade do povo é a única origem da soberania e das
leis. Para ele, a vontade do povo não pode ser
mensurada e, portanto, não pode ser contemplada pelos
legisladores, aos quais se destina a responsabilidade de
conduzir o interesse público.
B)David Hume, no conhecido Ensaio sobre o
Entendimento Humano, refuta a tese de que a soberania
da opinião pública, longe de ser uma aspiração utópica,
é o que pesa e pesará sempre, em todas as horas, nas
sociedades humanas. Para ele, a opinião pública é e
sempre será manipulada pelos interesses escusos dos
legisladores
C)Walter Lippmann, no livro The Phantom Public, admite
que uma sociedade, independentemente das próprias
leis, da cultura, do nível de formação e das crenças,
inevitavelmente responderá homogeneamente a respeito
das mesmas questões, uma vez que estas são comuns a
toda a humanidade.
D)Harwood L. Childs contesta a definição de opinião
pública como um juízo relativo aos sentimentos de
grupos de indivíduos dos mais informados, inteligentes
e moralmente superiores da sociedade a respeito de
qualquer assunto. Segundo o referido teórico, tal
definição elitiza o sujeito da opinião pública, uma vez
que não existem critérios objetivos para definir quem
sejam os “moralmente superiores”. Além disso, o
conceito expõe clara visão discriminatória, pois
estabelece uma distinção entre as opiniões de
indivíduos que devem ser considerados com mais
deferência, em detrimento dos pareceres de outros
indivíduos julgados como pessoas de “segunda classe”.
E)John Dewey, na obra The Public and Its Problems, não
concorda com a definição de que a opinião pública é o
julgamento formado e levado em consideração por
aqueles que constituem o público e diz respeito a
negócios públicos. Segundo o teórico, determinados
problemas comuns a toda uma coletividade, quando
contemplados sob a ótica da dimensão privada de cada
indivíduo, são apropriados de forma peculiar e
particular e assumem nuances distintas, a partir da
vivência e das experiências individuais, o que pode
influenciar a opinião pública.
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Q46917 - CESGRANRIO Profissional de Comunicação Júnior - Relações Públicas 2010
A teoria que se preocupa com a maneira como os veículos de comunicação de massa fazem (ou não) pensar, e a que se concentra em determinar o que esses veículos fazem pensar são denominadas, respectivamente,
A)Escola de Chicago e Teoria Crítica.
B)Escola de Frankfurt e Escola de Chicago.
C)Teoria Crítica e Teoria do Agenda Setting.
D)Teoria do Agenda Setting e Teoria Hipodérmica.
E)Teoria Hipodérmica e Escola de Frankfurt.
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