Acrobata da Dor
Gargalha, ri, num riso de tormenta,
como um palhaço, que desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.
Da gargalhada atroz, sanguinolenta,
agita os guizos, e convulsionado
salta, “gavroche”, salta “clown”, varado
pelo estertor dessa agonia lenta ...
Pedem-se bis e um bis não se despreza!
Vamos! retesa os músculos, retesa
nessas macabras piruetas d’aço...
E embora caias sobre o chão, fremente,
afogado em teu sangue estuoso e quente,
ri! Coração, tristíssimo palhaço.
Marque (V) para as alternativas VERDADEIRAS ou (F) para as FALSAS acerca do poema “Acrobata da dor”, de Cruz e Sousa, bem como sobre o Simbolismo no Brasil.
( ) O eu lírico vive a dualidade entre o rir e o sofrer. ( ) Assim como o Romantismo havia reagido contra a Ilustração, o Simbolismo ia de encontro às correntes analíticas de meados do século XIX. ( ) As rimas são emparelhadas nos dois quartetos e interpoladas nos dois tercetos. ( ) O eu lírico se compara a um tristíssimo palhaço no último verso. ( ) O poema é um soneto composto de versos decassílabos. ( ) A paixão do efeito estético foi um legado que os parnasianos deixaram aos simbolistas.