Texto 1
Sobe e desce de rios
funciona como um coração
O sobe e desce das águas dos rios da
Amazônia é semelhante ao pulso
gerado pela batidas do coração no
corpo humano, levando vida para toda
floresta, compara Maria Teresa
Fernandez Piedade, pesquisadora do
Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia (Inpa). De acordo com ela,
só na região, 400 mil quilômetros
quadrados de selva estão diretamente
associados aos grandes rios e suas
cheias. Essa área pode ser subdividida
em dois grupos: as florestas de várzea
ao longo da calha dos rios Amazonas e
Solimões, que recebem sedimentos
muito férteis dos Andes; e os
chamados "igapós", banhados por rios
de águas pretas como o Rio Negro,
vindos de formações geológicas mais
antigas e por isso menos férteis e com
ocupação humana menor.
"Registros ao longo de mais de cem
anos mostram que a amplitude média
dos rios da Amazônia entre os picos de
cheia e de seca chega a dez metros",
conta. "Este processo de "pulso"
regular dos rios é responsável pela
fertilização das várzeas, que são
usadas pelas populações ribeirinhas.
São práticas tradicionais e em alguns
casos milenares que devem ser
controladas e preservadas.” (...)
─ Só nas áreas de várzea, os
levantamentos indicam que elas
abrigam mais de mil espécies de
árvores, e na dos igapós, mais de 600
espécies – enumera. ─ É importante
salientar que ocorrem na floresta de
terra firme, sendo únicas e distintas.
Não sabemos que segredos essa
diversidade pode guardar e temos
muito ainda por conhecer sobre ela.
(Jornal O Globo. 25/10/2011)
“Segundo pesquisas recentes, entre 25 e 50% das chuvas que caem no Sudeste do Brasil são oriundas da Floresta Amazônica.”
(Disponível em:<http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252006000300018&script=sci_arttext>. Acesso em: 21 mai.2013.)
A partir dessa informação, pode-se afirmar sobre a relação entre o Sudeste do Brasil e a Amazônia que: