Leia o texto abaixo. “Não é demais destacar que, na ótica da LDB, os conhecimentos de Filosofia e Sociologia são justificados como 'necessários ao exercício da cidadania' [...]. Com os demais componentes da Educação Básica, devem contribuir para uma das finalidades do Ensino Médio, que é a de 'aprimoramento como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico' [...]”. Parecer CNE/CEB: 38/2006. De acordo com o contexto atual da legislação educacional brasileira, podemos afirmar que a Filosofia
“De fato, deve haver alguma realidade natural (uma só ou mais de uma), da qual derivam todas as outras coisas, enquanto ela continua a existir sem mudança. Todavia, esses filósofos não são unânimes quanto ao número e à espécie desse princípio. Tales, iniciador desse tipo de filosofia, diz que o princípio é a água (por isso afirma também que a terra flutua sobre a água), certamente, tirando esta convicção da constatação de que o alimento de todas as coisas é úmido, e da constatação de que até o calor se gera do úmido e vive no úmido”.
Aristóteles, Metafísica.
Segundo o texto, Tales é o “iniciador desse tipo de filosofia”, pois ele
Em busca do conhecimento verdadeiro, Bacon e Descartes preocuparam-se em examinar as causas e as formas do erro. Para Bacon existem quatro tipos de ídolos ou imagens que formam opiniões cristalizadas e preconceitos, que impedem o conhecimento da verdade. Os ídolos presentes na crítica de Bacon são
Dermeval Saviani, em seu livro Do senso comum à consciência filosófica define a filosofia como uma reflexão que possui três características que se complementam.
O que chamamos de sentido é isto: a apreensão de uma unidade entre intenção e resultado. O sentido é produzido, ele não habita simplesmente a obra bruta, ele é construído pelo trabalho de quem procura estabelecê-lo, tornando-o apreensível. Tal é a proposição principal que gera a hermenêutica.
Anne Cauquelin. Teorias da arte São Paulo: Martins
Fontes, 2005, p. 95-6 (com adaptações).
Assinale a opção em que é apresentado o nome do filósofo concernente à tradição hermenêutica.
O que o filósofo procura na verdade do mito é a verdade da própria filosofia. Na época de sua errância racional, a filosofia sentia-se absolutamente autônoma e independente da não filosofia. No espaço dessa independência, julgava atingir com os recursos da razão uma verdade absoluta, necessária, universal. Em nome dessa verdade, desprezava tudo que não se enquadrasse na bitola da racionalidade. O mito, as lendas, os sonhos, a loucura, a poesia, a religião, para terem lugar no país da verdade, guardado pela filosofia, necessitavam das credenciais da razão. No rigor dessa ditadura, não se destruía, decerto, a liberdade desde que sua essencialização se submetesse aos princípios racionais da lógica. Pois a essência da liberdade era a verdade. Hoje a filosofia sente sua dependência da não-filosofia. É aquém da alternativa de racional e irracional que se instaura o espaço de toda verdade. Na liberdade dessa dimensão originária se articulam a verdade da fantasia, a verdade dos sonhos, a verdade da loucura. O juízo já não é o lugar primogênito da verdade. Há verdades, no plural, correlativas ao sentido das diversas intencionalidades. É a liberdade que é a essência da verdade.
Emanuel Carneiro Leão. Aprendendo a pensar. 2.ª ed. Petrópolis: Vozes, 1989, p. 195 (com adaptações).
Tendo como referência as ideias apresentadas no texto acima, assinale a opção correta.
Chalmers (1993) ao discutir a filosofia da Ciência em seu livro “O que é a Ciência afinal?” procurou familiarizar-se com as teorias sobre a Ciência. Logo no primeiro capítulo ele discute o Indutivismo e a Ciência como conhecimento derivado dos dados da experiência. O autor trata neste capítulo dos seguintes assuntos, EXCETO:
Conhecer as principais correntes da Filosofia da Ciência é algo essencial para quem pretende se especializar em uma forma de conhecimento. Assim sendo, numere as frases abaixo relacionando o número com os pensadores obedecendo a seguinte critério: I) Lakatos II) Popper III) Feyerabend IV) Kuhn V) Ravetz ( ) A ideia de que a ciência pode e deve ser governada de acordo com regras fixas e universais é simultaneamente não-realista e perniciosa. ( ) Eu posso [...] admitir alegremente que falsificacionistas como eu preferem uma tentativa de resolver um problema interessante por uma conjectura audaciosa. ( ) O núcleo irredutível de um programa é tornado infalsificável pela “decisão metodológica de seus protagonistas”. ( ) O conhecimento científico é realizado por um esforço social complexo, e é obtido do trabalho de muitos artífices em sua interação muito especial com o mundo da natureza. ( ) Substituiu o termo chave de sua teoria pelo termo “Matriz disciplinar” em sentido mais geral, e “exemplar” para tratá-lo em sentido mais restrito. A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
Discutir as concepções diversas de Ciência é uma das atribuições do professor de filosofia. Entre estas concepções encontramos a de Imre Lakatos, que “desenvolveu sua descrição da ciência como uma tentativa de melhorar o falsificacionismo popperiano e superar as objeções a ele” (CHALMES, p. 113). Todas as proposições abaixo correspondem ao pensamento de Lakatos, EXCETO:
A Filosofia da Ciência ajuda a discutir os fundamentos epistemológicos da educação. Um tema que não pode ficar fora desta discussão é o falsificacionismo. Popper afirma: “Eu posso, [...], admitir alegremente que falsicacionistas como eu preferem uma tentativa de resolver um problema interessante por uma conjectura audaciosa, mesmo (e especialmente) se ela logo se revela falsa, a alguma récita da sequência de truísmos irrelevantes” (POPPER apud CHALMERS, 1993, p 20). Para os falsificacionistas: I) O empreendimento da ciência consiste na proposição de hipóteses falsificáveis. II) As teorias que foram falsificadas devem ser inexoravelmente rejeitadas. III) Apenas aquelas teorias que podem se revelar verdadeiras ou provavelmente verdadeiras devem ser admitidas na ciência. IV) Aprendemos de nossos erros. A ciência progride por tentativa e erro. V) Especulações precipitadas devem ser encorajadas, desde que sejam falsificáveis e desde que sejam rejeitadas quando falsificadas. Estão CORRETAS apenas as afirmações: